FLAGELOS DESTRUIDORES

25/09/2010 0 comentários
Não é segredo para ninguém que vivemos um momento de transição.
A própria Ciência, em seus diversos setores, já a detectou.
As pessoas, em todo o mundo, a pressentem e, intuitivamente, não a ignoram.
A mudança não será apenas de natureza geológica, mas também social, humana e psíquica.
Não mais se permite e se aceita a ordem social reinante.
De outra ordem de idéias e de procedimento se faz preciso nas coletividades.

2 – Não é a primeira vez, na história planetária, que transformações da espécie se materializam.
Tivemos, ao longo das eras, inúmeras revoluções geológicas, em períodos cíclicos, nas civilizações que se foram.
De acordo com a história geológica da Terra, as duas civilizações mais antigas de que tivemos notícia foram a Lemuriana e a Atlântica.
A Lemúria, ao desaparecer, deixou remanescentes humanos, os quais formaram, com o tempo, a civilização da Atlântida.
Esta, por sua vez, afundando-se no Oceano Atlântico, também deixou remanescentes, que formaram nações na África, na Europa e na América.
Como exemplos, na América as civilizações ameríndias (Maia, Inca, Asteca. Tupi, Guarani, Apache, etc.) resultaram de remanescentes atlantes.
Mas, não foram apenas as duas civilizações acima citadas que transitaram pela face do globo terrestre.
Segundo Emmanuel, guia espiritual de Chico Xavier e supervisor de sua imensa obra psicográfica, duas outras civilizações existiram, em priscas eras, que não deixaram vestígio.

Tais informações constam dos anais da Espiritualidade, que governa os destinos do planeta Terra.
A Literatura Espírita é fértil em informes da espécie, que não as há com a desejada fidelidade nos registros humanos.

Os espíritas, estamos convictos de que todos os atos humanos e fenômenos de relevo deixam, para sempre, o seu o implacável rastro psíquico, para os milênios do porvir.
Aliás, registre-se, de passagem, que até há pouco tempo vivíamos na santa e ingênua ignorância de que estávamos na Terra há apenas seis mil anos, a começar por Adão e Eva.
Hoje não. Isso mais parece contos infantis, das idades imaturas da Humanidade, hoje relegadas ao esquecimento.
Coube à Paleontologia e à Arqueologia, auxiliadas pela Antropologia e pela Geologia, a descoberta da longevidade da Terra (mais de 4,5 bilhões de anos) e do surgimento do ser inteligente no planeta, a partir de seu mais vetusto antepassado, há de mais de 3,5 milhões de anos (Carlos Peppe – “Nas Rotas do Espiritismo”)1

No entanto, essas transformações são perfeitamente naturais e necessárias.

Coclui-se da leitura das questões 728 a 741, de “O Livro dos
Espíritos”,2 que os seres orgânicos (seres vivos) e inorgânicos (inertes, aparentemente), estão em permanente evolução. E para que a evolução se processe, com especial preocupação e prevalência da parte psíquica (anímica) dos seres, há necessidade da Lei de Destruição, que, em realidade, é lei de transformação.
Esses flagelos são de duas naturezas: primeira, os que têm por finalidade empurrar a Humanidade para novos surtos de desenvolvimento.
Esses o homem não tem como conjurar, modificar; segunda, os que representam o efeito dos atos humanos, em desobediência às leis da natureza, que homem terá que suportar, no âmbito da lei de ação e reação. De acordo com Emmanuel, a natureza reagirá no mesmo nível e grau da agressão que se lhe faz. É o que estamos colhendo agora, ao perpassar do século XXI.
Porém, por mais grave e dolorosa que seja a transformação geológica e humana por que havermos de ultrapassar, não tenhamos dúvida de que o saldo será positivo.
Não se pode esquecer que Jesus, nosso Mestre e Senhor, é que está no leme. E, como nos ama, como deixou patente, velará por nós, que formamos o seu rebanho.

1 - Grupo de Estudos”Mariano da Cunha Jr” – Uberaba(MG), edição de 1999, p. 78, 119/120.

 2 - “O Livro dos Espíritos” - FEB – 91ª edição, p.389/394.

E foi ele que disse que nenhuma de suas ovelhas se perderá. Que se apenas uma delas se tresmalhar, sairá ele a buscá-la, e enquanto não a reencontrar, para reconduzi-la ao abrigo, não descansará.
 Preparemo-nos, pois, para a vitória final, por mais sofrida e árdua seja a refrega.
Com base em nossa fé lógica e racional, guardemos a convicção de que, como filhos de Deus, seremos reconduzidos, mais cedo ou mais tarde, ao seu
regaço, de indulgência, de sabedoria, de justiça e de amor.

(Weimar Muniz de Oliveira)

Goiânia, 23/05/2010.
Fonte: http://www.abrame.org.br/

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