Filhos exepcionais..

12/10/2009 0 comentários
"Os filhos excepcionais são confiados tão-somente a grandes mulheres que têm capacidade de amar até o infinito…” Chico Xavier (Francisco Cândido Xavier) foi entrevistado em São Paulo, oportunidade em que respondeu sobre crianças excepcionais e como o problema é explicado pelo Espiritismo. Eis a primeira pergunta: “Uma Criança excepcional é carma dos pais ou da criança?” Esclareceu Chico Xavier: — “A criança excepcional sempre nos impressionou pelo sofrimento de que ela é portadora. Não só pelo seu sofrimento, mas também pelo sofrimento dos pais. E isto tem sido tema de muitas conversações com nosso Emmanuel, que é o guia espiritual das nossas tarefas. Ele tem dito que, de um modo geral, a criança excepcional é um suicida reencarnado. Renascido depois de suicídio recente. A pessoa pensa que se aniquila, mas está apenas rompendo ou perdendo a roupa que a Providência Divina permite que ela utilize durante a existência, que é o corpo físico. É verdade também que a pessoa é, em si, um corpo espiritual. Então, os remanescentes do suicídio acompanham a criatura para a vida do Mais Além. Lá, ela se demora, por algum tempo, amparada por amigos, porque todos nós temos afeições por toda a parte. Mas retorna à Terra com os remanescentes que levou após o suicídio. Reencarna. Se uma pessoa espatifou o crânio e o projétil atingiu o centro da fala ela volta com a mudez. Se atingiu o centro da visão, volta cega. Mas se atingiu determinadas regiões, mais complexas do cérebro, vem em plena idiotia. Aí os centros fisiológicos não funcionam. Se a criatura suicidou-se mergulhando em águas profundas, poderá voltar com a disposição para um enfisema. Se por exemplo, enforcou-se, volta com uma paraplegia, que pode surgir depois de simples queda… A esquizofrenia é quase sempre notada naqueles que praticam o suicídio depois de um homicídio”. E Chico Xavier arremata seus esclarecimentos: — “O complexo de culpa adquire tamanhas dimensões que provoca alterações no quimismo do cérebro. Reflete na vida das pessoas durante muito tempo.” Outra pergunta do entrevistador: — “As crianças excepcionais sentem o que os pais, as pessoas, falam? Palavras de amor, ou palavras sem amor?” E Chico Xavier responde: — “Sentem, ouvem, registram. Sentem de que modo são tratadas. São profundamente lúcidas na intimidade do próprio ser. A criança sente o amor, principalmente dos que têm capacidade de amá-la, de ajudá-la a passar aquele transe temporário de dez, vinte ou trinta anos, porque, geralmente, os excepcionais desencarnam muito cedo. Certa feita uma senhora nos procurou em Uberaba, e disse — “Sofro muito com esta criança excepcional”. Dissemos: — “Minha filha, a maternidade é um privilégio que Deus deu à mulher que tem capacidade de amar até o infinito…” Assim respondeu Chico Xavier à entrevista concedida a um jornal de São Paulo, que servirá para muitas pessoas meditarem em torno de um problema tão aflitivo de nossos dias.

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