Temas evitados Aborto e suicídio

03/08/2009 0 comentários
Questões quando muito sussuradas nas rodas de conversas sociais e familiares o aborto e o suicídio, vez por outra, acabam por atingir de modo mais ou menos próximo a todos aqueles que transitam nesse incrível vale de risos e lágrimas.Embora respeite e considere opiniões divergentes, me coloco frontalmente contrário ao aborto, especialmente nos casos em que praticá-lo decorre da consideração que o momento não se faz oportuno à chegada de um bebê. Para mim, a partir da fecundação, existe uma vida que merece o direito de ser respeitada . Entendo a vida como o bem pertencente exclusivamente ao seu detentor. Não estando ele ainda habilitado a defender à própria existência, outros deverão atuar na sua preservação, a partir daqueles que foram responsáveis pela concepção. Mecanismos de assistência, orientação e apoio à mulher-gestante, assim como ao rebento, devem ser instituídos pelo Estado e, na omissão dele, pela família consanguínea.Já no que diz respeito ao suicídio, o tabu permanece intocável, como se não houvéssemos ingressado em um novo milênio. No início do século XX, a tuberculose era mencionada ao pé do ouvido, como se fosse um crime contraí-la. Depois, surgiu o câncer e esse nome nem era pronunciado. Preferiam dizer "aquela doença ruim", ou outro eufemismo qualquer, nunca esquecendo de bater com a mão na boca.Nos dias atuais, felizmente, as doenças já são mencionadas abertamente, inclusive a aids que pode ser contraída pela "via do pecado" ( ? ! ). Uma belíssima evolução, sem dúvida.Por que, então, permanece como há cem anos todo esse preconceito em relação ao suicídio ? Não acredito nessa conversa fiada de que todos os suicidas estariam padecendo de algum desequilíbrio mental. Claro que o processo está instalado em muitos episódios. Mas, por acaso, não é possível a alguém perfeitamente são concluir que está de "saco cheio da vida" e que dela quer cair fora ? eu, de minha parte, defendo o direito de viver, como também defendo o direito dos que querem morrer, sem que isso seja sempre entendido como uma forma de agressão aos familiares e amigos sobreviventes. Tive um caso recente de suicídio em minha família e me permito acreditar que quem cometeu o gesto havia, simplesmente, chegado à conclusão de que a vida não mais lhe estava valendo a pena. Entendo e respeito, embora lamente tal decisão.Doloroso mesmo é ver os que lutam desassombradamente pela vida, a amam, e acabam por sucumbir à uma indesejável convocação da morte.
http://pensandoerepassando.blogspot.com/2009/03/dois-temas-evitados-aborto-e-suicidio.html



http://www.youtube.com/watch?gl=BR&hl=pt&v=JVzwL87NRCg

Recordo a história de uma gestante, filha de espíritas. Durante uma obra de alvenaria na casa de seus pais, apaixonou-se pelo pedreiro responsável. Casaram-se. Nasceu uma filha, doce menina, bela jovem.Dificuldades financeiras eram muitas. Ele era obrigado a fazer horas extras em outras cidades e, durante a semana, ficava longe da família. Engravidaram de um menino “temporão”.Os problemas financeiros, que não eram poucos, certamente aumentariam, mas tiveram a criança.Em outro caso, onde a mãe dona Anna disse: “Não, Doutor! Matar? Nunca!”, o menino recebeu o nome de Divaldo Pereira Franco.http://br.msnusers.com/DIVALDOFRANCONORJ/nodoutormatarnunca.msnwNo que lhes narro o menino é outro.O pedreiro e a mulher venceram desafios, mas o destino resolveu ser cruel.A lesão cardíaca roubou-lhes a filha, na juventude.Ela entrou em depressão lutando e resistindo para cuidar do filho, ainda na primeira infância.O tempo passou, o menino cresceu, chegou à universidade, doutorou-se e lhe deu três netas e um neto. Voltou a ser feliz. Mas, “o tempo não para!”.Prova final, no leito do Hospital da Universidade, onde o filho agora era professor, faz-lhe a confissão: “quando sua irmã morreu senti vontade de morrer também. Não cometi suicídio porque você era tão pequeno!”.É extenuante a dor de quem perde um filho!Chico Xavier passou bom tempo dedicando-se às mães desesperadas. “Ninguém tem o direito de se omitir”, http://www.chicoxavier.org.br/ (com som).Certa vez fui a Uberaba. Impressionou-me o sofrimento e a expectativa daquelas mães esperando a comunicação, como Nair Belo.Chico tinha um limite e psicografava “poucos”, durante cada reunião.Qual o critério utilizado pela espiritualidade para a escolha das mães privilegiadas?Um amigo disse-me já ter feito a pergunta. Fora informado de que o critério era a profundidade da dor, aquela que poderia levar ao suicídio.Hoje também sou avô, mas mal posso imaginar a dor da esposa do pedreiro.Na terceira idade, devo agradece-lhe a luta e a resistência. Ela me criou. Permitiu-me estar agora recordando a poesia de Plínio. (LUIZ CARLOS FORMIGA)
Enviado por meu amigo Ramon.

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