SEXO E ESPIRITISMO

03/07/2011 0 comentários


SEXO, AMOR E ESPIRITISMO
1. INTRODUÇÃO

O que significa a palavra sexo? Ela difere do termo sexualidade? Pode haver sexo sem amor e amor sem sexo? Como podemos interpretar a sexualidade e a sensualidade constantemente exploradas pelos meios de comunicação social? Como analisar o amor e sexo sob a ótica do Espiritismo?



2. CONCEITO

Amor Totalidade dos sentimentos e desejos que estruturam o pensamento para a liberação de energia e forças que guiam a ação na produção do bem e possibilitam a aquisição de qualidades constituintes de crescimento do Espírito. (Curti1981p. 81)

Sexo Conformação particular que distingue o macho da fêmeanos animais e nos vegetaisatribuindo-lhes um papel determinado na geração e conferindo-lhes certas características distintivas. (Dicionário Aurélio)


3. EVOLUÇÃO DO INSTINTO SEXUAL

O Espírito André Luiz no capítulo XVIII do livro Evolução em Dois Mundos trata da evolução do instinto sexual nos vários reinos da natureza.

3.1. REINO VEGETAL

“Por milênios e milênios o princípio inteligente se demorou no hermafroditismo das plantas como por exemplo nos fanerógamo sem cujas flores os estames e os pistilos articulam respectivamenteelementos masculinos e femininos”.

Nas plantas criptogâmicas celulares e vasculares ensaiara longamente a reprodução sexuadana formação de gametos (anterozóides e oosfera)” (Xavier1977p. 138)

Nos protozoários há ensaios de reprodução monogâmica.

3.2. REINO ANIMAL

“Longo tempo foi gasto na evolução do instinto sexual em vários tipos de animais inferiores alternando-se-lhe os estados de hermafroditismo com os de unissexualidade para que se lhe aperfeiçoasse as características na direção dos vertebrados.” (Idemp. 138)

3.3. REINO HOMINAL

Nesse reino o princípio inteligente adquire o pensamento contínuo, o livre-arbítrio, a razão, o sentimento e a responsabilidade moral. Temos a reprodução sexuada como continuidade dos outros reinos da natureza.





4. SEXO NOS ESPÍRITOS

Pergunta n.º 200 de O Livro dos Espíritos Os Espíritos têm sexo? Não como o entendeis porque os sexos dependem da constituição orgânica. Há entre eles amor e simpatia, mas baseados na afinidade de sentimentos.

Deduz-se daí e com a contribuição do Espírito André Luiz que a sede real do sexo não se acha no veículo físico, mas na estrutura mais complexa da entidade espiritual.

No âmbito da Doutrina Espírita, a maioria da população terrestre trás consigo dramas e problemas não resolvidos de outras encarnações de modo que todos nós indistintamente devemos ter muito cuidado em nossa análise e comentários sobre o assunto.

Nesse sentido, o homossexualismo, o celibato, a transexualidade, devem ser vistos com moderação e respeito.

5. AMOR

O sexo muitas vezes é tomado como sinônimo de amor.

O amor é muito mais amplo, pois representa a totalidade dos sentimentos e desejos que estruturam as nossas ações para a produção do bem.

É como aquele sol ardente que fecunda e reúne em um único foco todas as aspirações humanas e sobre humanas.

O amor não reclama, não exige, não se apodera.

Quem verdadeiramente ama está sempre pronto a doar-se, a renunciar aos seus desejos e até à sua própria personalidade se as circunstâncias assim o exigirem.

6. CRIAÇÃO

O instinto sexual liga-se à co-criação. Há a co-criação em plano maior e co-criação em plano menor. Em plano maior,m observa-se o trabalho dos Espíritos superiores a produzirem novos mundos em plano menor é a proliferação da espécie humana.

A co-criação é um direcionamento das forças sexuais da alma para um determinado fim.

Quanto mais animalizado for o Espírito, mais tenderá para os gozos sensíveis. Conforme for depurando o instinto sexual, mais tenderá para a sua integração com a Humanidade.

Nesse “status quo” o amor assume dimensões mais elevadas tanto para os que se verticalizam na virtude como para os que se horizontalizam na inteligência.

Objetivo maior é a sublimação do instinto sexual.

7. CONCLUSÃO

Sublimemos o instinto sexual dilatando o amor ao infinito. Mantendo-nos firmes neste propósito, verticalizaremos substancialmente as virtudes de nossa alma.

8. FONTE DE CONSULTA

XAVIERF. C. e VIEIRAW. Evolução em Dois Mundospelo Espírito André Luiz4. ed.Rio de JaneiroFEB1977.
KARDECA. O Livro dos Espíritos. 8. ed.São PauloFEESP1995.
CURTIR. Espiritismo e Reforma Íntima. 3. ed.São PauloFEESP1981

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