1. As Cidades Universitárias e o preconceito no Brasil

20/09/2010 0 comentários

Em 1965, no Anuário Espírita, falando a respeito da Codificação Espírita, Yvonne Pereira diz que "essa obra é imortal como imortal é o Evangelho, uma vez que ambos são revelações divinas e porque sempre existirão cérebros e corações necessitados de renovação e esclarecimentos através deles. Por enquanto é, com efeito, a fonte Kardecista a única habilitada em assuntos de Espiritismo capaz de expandir renovações para o futuro, visto ser o alicerce de quanto existe a respeito, até agora".

Por intermédio da mediunidade de Yvonne pudemos ler a narrativa sobre a "Cidade Universitária" espiritual, onde ciclos novos de estudo e aprendizagem se franqueariam para espíritos em evolução, segundo seus desejos." (31)

Uma Cidade Universitária no Além!

Para nós que estamos professor universitário é um bom tema para reflexões. Pena que nossos recursos pessoais sejam tão escassos. No entanto, vamos tentar repassar algumas idéias, mesmo imperfeitas, das dificuldades que encontramos no ensino superior.

Yvonne Pereira afirma que "Allan Kardec é ainda o grande desconhecido, para os espíritas, dado que a minoria é que o conhece plenamente. Ele tratou de Ciência, de Filosofia e de Moral e tais matérias, de suma grandeza, não podem ser apenas lidas uma ou duas vezes, mas estudadas, continuamente, com método analítico, observação acurada, amor e perseverança, a fim de serem bem compreendidas e praticadas".

Na universidade ou na casa espírita as perguntas são importantes. Recordo-me da questão feita, num estudo da mocidade e que foi respondida por um jovem espírita: "se Jesus já ensinou as Leis de Deus, qual a utilidade do Espiritismo?" (4)

Uma outra dúvida, sobre as condições da vida após a morte, apresentada por um cardiologista nos chamou a atenção. Diversas pessoas já nos fizeram a mesma questão e outros nos confessaram que iriam deixar para ler o livro "Nosso Lar" depois que melhor estivessem inteirados dos postulados básicos da Doutrina Espírita.

Leewenhoek (1632-1723) descreveu, com auxílio de microscópios óticos, o mundo "invisível" dos micróbios: "Recebi em minha casa diversos cavalheiros, que estavam ansiosos por ver os micróbios do vinagre. Alguns deles ficaram tão enojados do espetáculo, que juraram nunca mais usar vinagre. Mas o que seria se se contasse a essa gente que existem mais germes na boca humana, vivendo na escuma junto aos dentes, do que homens em todo o reino?"

Algumas pessoas respondem da mesma forma (nunca mais usar vinagre) diante da realidade do espírito imortal. Admitem a sua existência, mas não querem pensar no "após a morte".

Se não é como o espírito André Luiz escreve, através do médium Francisco Cândido Xavier, como será? Diversos médiuns descrevem relatos parecidos e coincidentes. Como coincidentes e parecidos são os relatos das pessoas que tiveram a experiência autoscópica. Aparentemente morto o indivíduo chega ao hospital. Algum tempo depois seu coração recomeça a bater. Depois contam as histórias de suas mortes. É a experiência de morte iminente, onde há extraordinária percepção de visões, sons e acontecimentos que a pessoa tem, quando clinicamente morta, próxima ao retorno impossível.

E as materializações de espíritos?

Para onde foi e de onde veio Katie King (espírito) após despedir-se de Florence Cook (médium) nas memoráveis experiências de William Crookes?

Já me disseram que não gostariam que fosse como André Luiz relata, porque é muito palpável, material, muito semelhante ao nosso plano terráqueo. Um pesquisador, Nobel de Física, afirmou que "o mundo que observamos não é senão uma minúscula película na superfície da verdadeira realidade". A nossa ansiedade nos faz desafiar uma pessoa, que passou pela experiência autoscópica, a provar que a morte do corpo não mata a vida. Por outro lado os que passaram por ela não parecem interessados em fornecer tal prova a terceiros. Um psiquiatra que teve tal experiência fez uma síntese: "pessoas que tiveram experiência sabem. Os outros devem esperar" (13).

Usaremos algumas informações colhidas na "Mansão da Esperança", situada na Cidade Universitária espiritual. Antes, porém, vamos visitar outras universidades mais próximas de nossa materialidade (2, 7).

Na universidade, desde 1966, vivenciamos ensino-pesquisa-extensão (20).

O Brasil possui várias universidades. Algumas delas, na realidade, não passam de escolas massificadas de terceiro grau, onde professores dissociam ensino-pesquisa. A produção do conhecimento é cantada, em prosa e verso, mas na prática não se encontra quase nada. Como as pessoas, universidades também podem adoecer. Encontramos enfermidades adquiridas, quando as instituições são atacadas por governos patogênicos "por excelência". Pode-se adoecer também pelo ataque de pessoas anfibiontes, como aqueles microorganismos potencialmente patogênicos que fazem parte da "flora" humana normal; por motivos políticos diversos, a instituição fica com a resistência baixa e eles as atacam (5,6). Outros, com verdadeiro espírito universitário pesquisam novos antibióticos para combaterem infecções.

Do Sistema Especial de Reserva de Vagas, para estudantes egressos de escolas públicas nas instituições de educação superior, só mais adiante colheremos os frutos, mas certamente alunos serão penalizados pelo mau ensino que o colega recebeu no ensino médio.

No livro de Yvonne (31), pudemos perceber como deve ter sido o critério utilizado para admissão dos novos alunos naquela universidade. Diz o diretor aos calouros: " – Iniciais neste momento fase nova em vossa existência de Espíritos delituosos, meus caros amigos! Dentre tantos padecentes que convosco chegaram a esta Colônia, fostes os únicos a atingir condições indispensáveis às lutas do aprendizado espiritual que vos conferirá base sólida para aquisição de valores pessoais nos dias porvindouros".

Hoje há entre espíritas um interesse maior pela universidade. Os que são docentes estão procurando oferecer reflexões, mesmo modestas como essas.

Apesar das inúmeras iniciativas, o preconceito na academia ainda se manifesta quando nos revelamos espíritas. O brasileiro é preconceituoso. Há preconceito com o deficiente visual, com o negro, epilepsia, hanseníase, AIDS (13,21,32).

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