Ano-limite do mundo velho – Profecias de Chico Xavier

02/04/2012 0 comentários


2012-04-02 10:13:43

Arthur da Paz
Chico Xavier e Geraldo LemosO tema da trans­for­mação da Terra de mundo de ex­pi­ação e provas para mundo de re­ge­ne­ração, le­van­tado pelo pró­prio co­di­fi­cador da Dou­trina Es­pí­rita, Allan Kardec, sempre in­te­ressou e in­trigou Ge­raldo Lemos Neto, fun­dador da Casa de Chico Xa­vier, de Pedro Le­o­poldo (MG).
Com 19 anos de idade, já tendo lido e es­tu­dado toda a obra de Kardec, co­nheceu o mé­dium Chico Xa­vier, amigo da fa­mília desde os tempos de sua me­ni­nice em Pedro Le­o­poldo. “Na­quela época, como já havia ou­vido inú­meros casos re­la­tivos a sua me­diu­ni­dade e ca­ri­dade para com o pró­ximo, tinha muita von­tade de co­nhecê-lo e ouvi-lo pes­so­al­mente, o que de fato ocorreu em ou­tubro de 1981, em São Paulo”, lembra Lemos Neto. A partir da­quele pri­meiro en­contro, uma grandeafi­ni­dade os ligou, con­forme conta, o que fez com que o também fun­dador da Edi­tora Vinha de Luz o vi­si­tasse re­gu­lar­mente em Ube­raba (MG), acom­pa­nhado de fa­mi­li­ares.
Em 1984 Lemos Neto casou-se com Eliana, irmã de Vi­valdo da Cunha Borges, que mo­rava com Chico Xa­vier desde 1968 e di­a­gra­mava todos os seus li­vros. A partir de então, passou a des­frutar de uma in­ti­mi­dade maior com Chico em Ube­raba, vi­si­tando-o com mais frequência e hos­pe­dando-se em sua re­si­dência. “Posso dizer que essa época foi para meu co­ração um ver­da­deiro te­souro dos céus. Re­cordo-me até hoje da­queles anos de con­vi­vência amo­rosa e ins­tru­tiva na com­pa­nhia do sábio mé­dium e amigo com pro­funda gra­tidão a Deus, que me per­mitiu se­me­lhante con­cessão por acrés­cimo de Sua Mi­se­ri­córdia In­fi­nita. Assim, tive a fe­li­ci­dade de con­viver na in­ti­mi­dade com Chico Xa­vier, di­a­lo­gando com ele vezes sem conta, ma­dru­gada a dentro, sobre va­ri­ados as­suntos de nossos in­te­resses co­muns, no­ta­da­mente sobre es­cla­re­ci­mentos pal­pi­tantes acerca da Dou­trina dos Es­pí­ritos e do Evan­gelho de Jesus”, re­corda.
Um desses temas, como lembra Lemos Neto, foi em re­lação ao Apo­ca­lipse, do Novo Tes­ta­mento. “Sempre me as­som­brei com o tema, re­la­tando a Chico Xa­vier minha di­fi­cul­dade de en­tender o livro sa­grado es­crito pela me­diu­ni­dade de João Evan­ge­lista. Desde então, em nossos co­ló­quios, Chico Xa­vier tinha sempre uma ou outra pa­lavra es­cla­re­ce­dora sobre o as­sunto, pon­tu­ando esse ou aquele ver­sí­culo e fa­zendo-me com­pre­ender, aos poucos, o mo­mento de tran­sição pelo qual passa o nosso orbe pla­ne­tário, a ca­minho da re­ge­ne­ração”, afirma. Foi em uma dessas con­versas ha­bi­tuais, lem­brando o livro de sua psi­co­grafia, Brasil, Co­ração do Mundo, Pá­tria do Evan­gelho, es­crito pelo es­pí­rito Hum­berto de Campos, que Lemos Neto ex­ternou ao mé­dium sua dú­vida quanto ao tí­tulo do livro, uma vez que ainda na­quela oca­sião, em me­ados da dé­cada de 80, o Brasil vivia às voltas com a hi­pe­rin­flação, a mi­séria, a fome, as grandes dis­pa­ri­dades so­ciais, o des­con­trole po­lí­tico e econô­mico, sem falar nos es­cân­dalos de cor­rupção e no atraso cul­tural.
“Lembro-me, como hoje, a ex­pressão sur­presa do Chico me res­pon­dendo: ‘Ora, Ge­ral­dinho, você está que­rendo pri­vi­lé­gios para a Pá­tria do Evan­gelho, quando o fun­dador do Evan­gelho, que é Nosso Se­nhor Jesus Cristo, viveu na po­breza, cer­cado de do­entes e ne­ces­si­tados de toda ordem, ex­pe­ri­mentou toda a sorte de vi­cis­si­tudes e per­se­gui­ções para ser su­pli­ciado quase aban­do­nado pelos seus amigos mais pró­ximos e morrer cru­ci­fi­cado entre dois la­drões? Não nos es­que­çamos de que o fun­dador do Evan­gelho atra­vessou toda sorte de pro­va­ções, pa­deceu o mar­tírio da cruz, mas de­pois ele largou a cruz e res­sus­citou para a Vida Imortal! Isso deve servir de ro­teiro para a Pá­tria do Evan­gelho. Um dia ha­ve­remos de res­sus­citar das cinzas de nosso pró­prio sa­cri­fício para de­mons­trar ao mundo in­teiro a imor­ta­li­dade glo­riosa!’”, es­cla­receu.
Sobre essas e ou­tras re­ve­la­ções feitas a ele por Chico Xa­vier sobre fatos re­la­ci­o­nados ao ano em que se dará a grande trans­for­mação do nosso pla­neta, Lemos Neto fala mais abaixo:
Chico Xavier e Geraldo LemosFolha Es­pí­rita – No livro A Ca­minho da Luz, nosso ben­feitor Em­ma­nuel já havia pre­visto que no sé­culo XX ha­veria mais uma reu­nião dos Es­pí­ritos Puros e Eleitos do Se­nhor, a fim de de­ci­direm quanto aos des­tinos da Terra. A reu­nião acon­teceu e a ela com­pa­re­ceram Chico e Em­ma­nuel – os mis­si­o­ná­rios que tra­ba­lham ab­ne­ga­da­mente, por sé­culos a fio, em favor da re­no­vação hu­mana. Quais os re­sul­tados dessa reu­nião?
Ge­raldo Lemos Neto – Na sequência da nossa con­versa, per­guntei ao Chico o que ele queria exa­ta­mente dizer a res­peito do sa­cri­fício do Brasil. Es­taria ele a prever o fu­turo de nossa nação e do mundo? Chico pensou um pouco, como se es­ti­vesse vis­lum­brando cenas dis­tantes e, de­pois de algum tempo, re­tornou para dizer-nos:
“Você se lembra, Ge­ral­dinho, do livro de Em­ma­nuel A Ca­minho da Luz? Nas pá­ginas fi­nais da nar­ra­tiva de nosso ben­feitor, no ca­pí­tulo XXIV, cujo tí­tulo é O Es­pi­ri­tismo e as Grandes Tran­si­ções? Nele, Em­ma­nuel afir­mara que os es­pí­ritos ab­ne­gados e es­cla­re­cidos fa­lavam de uma nova reu­nião da co­mu­ni­dade das po­tên­cias an­gé­licas do Sis­tema Solar, da qual é Jesus um dos mem­bros di­vinos, e que a so­ci­e­dade ce­leste se reu­niria pela ter­ceira vez na at­mos­fera ter­restre, desde que o Cristo re­cebeu a sa­grada missão de re­dimir a nossa hu­ma­ni­dade, para, enfim, de­cidir no­va­mente sobre os des­tinos do nosso mundo. Pois então, Em­ma­nuel es­creveu isso nos idos de 1938 e estou in­for­mado que essa reu­nião de fato já ocorreu. Ela se deu quando o homem fi­nal­mente in­gressou na co­mu­ni­dade pla­ne­tária, dei­xando o solo do mundo ter­restre para pisar pela pri­meira vez o solo lunar. O homem, por seu pró­prio es­forço, con­quistou o di­reito e a pos­si­bi­li­dade de vi­ajar até a Lua, fato que se ma­te­ri­a­lizou em 20 de julho de 1969. Na­quela oca­sião, o Go­ver­nador Es­pi­ri­tual da Terra, que é Nosso Se­nhor Jesus Cristo, ou­vindo o apelo de ou­tros seres an­ge­li­cais de nosso Sis­tema Solar, con­vo­cara uma reu­nião des­ti­nada a de­li­berar sobre o fu­turo de nosso pla­neta. O que posso lhe dizer, Ge­ral­dinho, é que de­pois de muitos diá­logos e de­bates entre eles foram dadas di­versas su­ges­tões e, ao final do ce­leste con­clave, a bon­dade de Jesus de­cidiu con­ceder uma úl­tima chance à co­mu­ni­dade ter­rá­quea, uma úl­tima mo­ra­tória para a atual ci­vi­li­zação no pla­neta Terra. Todas as in­jun­ções cár­micas pre­vistas para acon­te­cerem ao final do sé­culo XX foram então sus­pensas, pela Mi­se­ri­córdia dos Céus, para que o nosso mundo ti­vesse uma úl­tima chance de pro­gresso moral. O cu­rioso é que nós vamos re­co­nhecer nos Evan­ge­lhos e no Apo­ca­lipse exa­ta­mente este pe­ríodo atual, em que es­tamos vi­vendo, como a un­dé­cima hora ou a hora der­ra­deira, ou mesmo a cha­mada úl­tima hora.”
FE – Como você re­agiu di­ante da des­crição do que acon­te­cera nessa reu­nião nas Altas Es­feras?
Ge­ral­dinho – Ex­tre­ma­mente cu­rioso com o de­sen­rolar do re­lato de Chico Xa­vier, per­guntei-lhe sobre qual fora então as de­li­be­ra­ções de Jesus, e ele me res­pondeu: “Nosso Se­nhor de­li­berou con­ceder uma mo­ra­tória de 50 anos à so­ci­e­dade ter­rena, a ini­ciar-se em 20 de julho de 1969, e, por­tanto, afindar-se em julho de 2019. Or­denou Jesus, então, que seus emis­sá­rios ce­lestes se em­pe­nhassem mais di­re­ta­mente na ma­nu­tenção da paz entre os povos e as na­ções ter­res­tres, com a fi­na­li­dade de co­la­borar para que nós in­gres­sás­semos mais ra­pi­da­mente na co­mu­ni­dade pla­ne­tária do Sis­tema Solar, como um mundo mais re­ge­ne­rado, ao final desse pe­ríodo. Al­gumas po­tên­cias an­gé­licas de ou­tros orbes de nosso Sis­tema Solar re­ce­aram a di­lação do prazo extra, e foi então que Jesus, em sua sa­be­doria, re­solveu es­ta­be­lecer uma con­dição para os ho­mens e as na­ções da van­guarda ter­restre. Se­gundo a im­po­sição do Cristo, as na­ções mais de­sen­vol­vidas e res­pon­sá­veis da Terra de­ve­riam aprender a se su­por­tarem umas às ou­tras, res­pei­tando as di­fe­renças entre si, abs­tendo-se de se lan­çarem a uma guerra de ex­ter­mínio nu­clear. A face da Terra de­veria evitar a todo custo a cha­mada III Guerra Mun­dial. Se­gundo a de­li­be­ração do Cristo, se e so­mente se as na­ções ter­renas, du­rante este pe­ríodo de 50 anos, apren­dessem a arte do bom con­vívio e da fra­ter­ni­dade, evi­tando uma guerra de des­truição nu­clear, o mundo ter­restre es­taria enfim ad­mi­tido na co­mu­ni­dade pla­ne­tária do Sis­tema Solar como um mundo em re­ge­ne­ração. Ne­nhum de nós pode prever, Ge­ral­dinho, os avanços que se darão a partir dessa data de julho de 2019, se apenas sou­bermos de­fender a paz entre nossas na­ções mais de­sen­vol­vidas e cultas!”.
FE – Quais são os acon­te­ci­mentos que po­demos prever com essas re­ve­la­ções para a Terra?
Ge­ral­dinho – Per­guntei, então, ao Chico a que avanços ele se re­feria e ele me res­pondeu: “Nós al­can­ça­remos a so­lução para todos os pro­blemas de ordem so­cial, como a so­lução para a po­breza e a fome que es­tarão ex­tintas; te­remos a des­co­berta da cura de todas as do­enças do corpo fí­sico pela ma­ni­pu­lação ge­né­tica nos avanços da Me­di­cina; o homem ter­restre terá amplo e total acesso à in­for­mação e à cul­tura, que se fará mais ge­ne­ra­li­zada; também os nossos ir­mãos de ou­tros pla­netas mais evo­luídos terão a per­missão ex­pressa de Jesus para se nos apre­sen­tarem aber­ta­mente, co­la­bo­rando co­nosco e ofe­re­cendo-nos tec­no­lo­gias novas, até então ini­ma­gi­ná­veis ao nosso atual es­tágio de de­sen­vol­vi­mento ci­en­tí­fico; ha­ve­remos de fa­bricar apa­re­lhos que nos fa­ci­li­tarão o con­tato com as es­feras de­sen­car­nadas, pos­si­bi­li­tando a nossa sau­dosa con­versa com os entes que­ridos que já par­tiram para o além-tú­mulo; enfim es­ta­ríamos di­ante de um mundo novo, uma nova Terra, uma glo­riosa fase de es­pi­ri­tu­a­li­zação e be­leza para os des­tinos de nosso pla­neta.”
Foi então que, fa­zendo as vezes de ad­vo­gado do diabo, per­guntei a ele: Chico, até agora você tem me fa­lado apenas da me­lhor hi­pó­tese, que é esta em que a hu­ma­ni­dade ter­restre per­ma­ne­ceria em paz até o fim da­quele pe­ríodo de 50 anos. Mas, e se acon­tecer o caso das na­ções ter­res­tres se lan­çarem a uma guerra nu­clear? “Ah! Ge­ral­dinho, caso a hu­ma­ni­dade en­car­nada de­cida se­guir o in­feliz ca­minho da III Guerra mun­dial, uma guerra nu­clear de con­sequên­cias im­pre­vi­sí­veis e de­sas­trosas, aí então a pró­pria mãe Terra, sob os aus­pí­cios da Vida Maior, re­a­girá com vi­o­lência im­pre­vista pelos nossos ho­mens de ci­ência. O homem co­me­çaria a III Guerra, mas quem iria ter­miná-la se­riam as forças te­lú­ricas da na­tu­reza, da pró­pria Terra can­sada dos des­mandos hu­manos, e se­ríamos de­fron­tados então com ter­re­motos gi­gan­tescos; ma­re­motos e ondas (tsu­namis) con­se­quentes; ve­ríamos a ex­plosão de vul­cões há muito ex­tintos; en­fren­ta­ríamos de­gelos ar­ra­sa­dores que avas­sa­la­riam os polos do globo com trá­gicos re­sul­tados para as zonas cos­teiras, de­vido à ele­vação dos mares; e, neste caso, as cinzas vul­câ­nicas as­so­ci­adas às ir­ra­di­a­ções nu­cle­ares ne­fastas aca­ba­riam por tornar to­tal­mente ina­bi­tável todo o He­mis­fério Norte de nosso globo ter­restre.”
Chico Xavier e Geraldo LemosGe­ral­dinho – O que acon­te­ceria es­pe­ci­fi­ca­mente com o Brasil?
No que Chico res­pondeu: “em todas as duas si­tu­a­ções, o Brasil cum­prirá o seu papel no grande pro­cesso de es­pi­ri­tu­a­li­zação pla­ne­tária. Na me­lhor das hi­pó­teses, nossa nação cres­cerá em im­por­tância so­ci­o­cul­tural, po­lí­tica e econô­mica pe­rante a co­mu­ni­dade das na­ções. Não só se­remos o ce­leiro ali­men­tício e de ma­té­rias-primas para o mundo, como também a grande fonte ener­gé­tica com o des­co­bri­mento de enormes re­servas pe­tro­lí­feras que farão da Pe­tro­bras uma das mai­ores em­presas do mundo”.
E pros­se­guiu Chico: “O Brasil cres­cerá a passos largos e ocu­pará im­por­tante papel no ce­nário global, isso terá como con­sequência a ele­vação da cul­tura bra­si­leira ao ce­nário in­ter­na­ci­onal e, a re­boque, os li­vros do Es­pi­ri­tismo Cristão, que aqui ti­veram solo fértil no seu de­sen­vol­vi­mento, atin­girão o in­te­resse das ou­tras na­ções também. Agora, caso ocorra a pior hi­pó­tese, com o He­mis­fério Norte do pla­neta tor­nando-se ina­bi­tável, grandes fluxos mi­gra­tó­rios se for­ma­riam então para o He­mis­fério Sul, onde se situa o Brasil, que então seria cha­mado mais di­re­ta­mente a de­sem­pe­nhar o seu papel de Pá­tria do Evan­gelho, exem­pli­fi­cando o amor e a re­núncia, o perdão e a com­pre­ensão es­pi­ri­tual pe­rante os povos mi­grantes. A Nova Era da Terra, neste caso, de­mo­raria mais tempo para chegar com todo seu es­plendor de con­quistas ci­en­tí­ficas e mo­rais, porque seria ne­ces­sário mais um longo pe­ríodo de re­cons­trução de nossas na­ções e so­ci­e­dades, for­çadas a se re­or­ga­ni­zarem em seus fun­da­mentos mais bá­sicos”.
FE – Se­gundo Chico Xa­vier, esses fluxos mi­gra­tó­rios se­riam pa­cí­ficos?
Ge­ral­dinho In­fe­liz­mente não. Se­gundo Chico me re­velou, o que res­tasse da ONU aca­baria por de­cidir a in­vasão das na­ções do He­mis­fério Sul, in­cluindo-se aí ob­vi­a­mente o Brasil e o res­tante da Amé­rica do Sul, a Aus­trália e o sul da África, a fim de que nossas na­ções fossem ocu­padas mi­li­tar­mente e di­vi­didas entre os so­bre­vi­ventes do ho­lo­causto no He­mis­fério Norte. Aí é que nós, bra­si­leiros, iríamos ser cha­mados a exem­pli­ficar a ver­da­deira fra­ter­ni­dade cristã, en­ten­dendo que nossos ir­mãos do Norte, em­bora in­va­sores a “mano mi­li­tare”, não dei­xa­riam de estar so­bre­car­re­gados e aflitos com as con­sequên­cias ne­fastas da guerra e das he­ca­tombes te­lú­ricas, e, por­tanto, ainda assim, de­vendo ser con­si­de­rados nossos ir­mãos do ca­minho, ne­ces­si­tados de apoio e ar­rimo, com­pre­ensão e amor.
Neste ponto da con­versa, Chico fez uma pausa na nar­ra­tiva e com­pletou: “Nosso Brasil como o co­nhe­cemos hoje será então des­fi­gu­rado e di­vi­dido em quatro na­ções dis­tintas. So­mente uma quarta parte de nosso ter­ri­tório per­ma­ne­cerá co­nosco e aos bra­si­leiros res­tarão apenas os Es­tados do Su­deste so­mados a Goiás e ao Dis­trito Fe­deral. Os nor­te­a­me­ri­canos, ca­na­denses e me­xi­canos ocu­parão os Es­tados da Re­gião Norte do País, em sin­tonia com a Colômbia e a Ve­ne­zuela. Os eu­ro­peus virão ocupar os Es­tados da Re­gião Sul do Brasil unindo-os ao Uru­guai, à Ar­gen­tina e ao Chile. Os asiá­ticos, no­ta­da­mente chi­neses, ja­po­neses e co­re­anos, virão ocupar o nosso Centro-Oeste, em co­nexão com o Pa­ra­guai, a Bo­lívia e o Peru. E, por fim, os Es­tados do Nor­deste bra­si­leiro serão ocu­pados pelos russos e povos es­lavos. Nós não po­demos nos es­quecer de que todo esse in­trin­cado pro­cesso tem a sua as­cen­dência es­pi­ri­tual e somos for­çados a re­co­nhecer que temos muito que aprender com os povos in­va­sores. Ve­jamos, por exemplo: os norte-ame­ri­canos podem nos en­sinar o res­peito às leis, o amor ao di­reito, à ci­ência e ao tra­balho. Os eu­ro­peus, de uma forma geral, po­derão nos trazer o amor à fi­lo­sofia, à mú­sica eru­dita, à edu­cação, à his­tória e à cul­tura. Os asiá­ticos po­derão in­cor­porar à nossa gente suas mais altas no­ções de res­peito ao dever, à dis­ci­plina, à honra, aos an­ciãos e às tra­di­ções mi­le­nares. E, então, por fim, nós bra­si­leiros, ofer­ta­remos a eles, nossos ir­mãos na carne, os mais altos va­lores de es­pi­ri­tu­a­li­dade que, mercê de Deus, en­te­sou­ramos no co­ração fra­terno e amigo de nossa gente sim­ples e hu­milde, essa gente boa que re­en­carnou na grande nação bra­si­leira para dar cum­pri­mento aos de­síg­nios de Deus e de­mons­trar a todos os povos do pla­neta a fé na Vida Su­pe­rior, tes­te­mu­nhando a con­ti­nui­dade da vida além-tú­mulo e o exer­cício se­reno e nobre da me­diu­ni­dade com Jesus”.
FE – O Brasil, em­bora so­frendo o im­pacto moral dessa ocu­pação es­tran­geira, es­taria imune aos mo­vi­mentos te­lú­ricos da Terra?
Ge­ral­dinho – In­fe­liz­mente, não. Se­gundo Chico Xa­vier, o Brasil não terá pri­vi­lé­gios e so­frerá também os efeitos de ter­re­motos e tsu­namis, no­ta­da­mente nas zonas cos­teiras. Acon­tece que, de acordo com o mé­dium, o im­pacto por aqui será bem menor se com­pa­rado com o que so­bre­virá no He­mis­fério Norte do pla­neta.
FE – Por tudo que se de­pre­ende da fala de Chico Xa­vier, você também crê que a ida do homem à Lua, em julho de 1969, tenha pre­ci­pi­tado de certa forma a pre­o­cu­pação com as con­quistas ci­en­tí­ficas dos hu­manos, que po­de­riam co­locar em risco o equi­lí­brio do Sis­tema Solar?
Ge­ral­dinho – Sim, creio que a re­ve­lação de Chico Xa­vier a res­peito traz, nas en­tre­li­nhas, essa pre­o­cu­pação ce­leste quanto às pos­sí­veis in­ter­fe­rên­cias dos hu­manos ter­rá­queos nos des­tinos do equi­lí­brio pla­ne­tário em nosso Sis­tema Solar. Pelo que Chico Xa­vier falou, al­guns dos seres an­gé­licos de ou­tros orbes pla­ne­tá­rios não es­ta­riam dis­postos a nos dar mais este prazo de 50 anos, que ven­cerá daqui a apenas oito anos, te­me­rosos talvez de nossas ne­fastas e per­ni­ci­osas in­fluên­cias. Essa úl­tima hora bem que po­deria ser por nós con­si­de­rada como a úl­tima bênção mi­se­ri­cor­diosa de Jesus Cristo em nosso favor, uma vez que, pela ex­pli­cação de Chico Xa­vier, foi ele, Nosso Se­nhor, quem ad­vogou em favor de nossa causa, ainda uma vez mais.
FE – A reu­nião da co­mu­ni­dade ce­leste teria de­ci­dido algo mais, se­gundo a ex­po­sição de Chico Xa­vier?
Ge­ral­dinho – Sim. Outra de­cisão dos ben­fei­tores es­pi­ri­tuais da Vida Maior foi a que de­ter­minou que, após o al­vo­recer do ano 2000 da Era Cristã, os es­pí­ritos em­pe­der­nidos no mal e na ig­no­rância não mais re­ce­be­riam a per­missão para re­en­carnar na face da Terra. Re­en­carnar aqui, a partir dessa data, equi­va­leria a um va­lioso prêmio justo, des­ti­nado apenas aos es­pí­ritos mais fortes e pre­pa­rados, que sou­beram ame­a­lhar, no trans­curso de múl­ti­plas re­en­car­na­ções, con­quistas es­pi­ri­tuais re­le­vantes como a man­sidão, a bran­dura, o amor à paz e à con­córdia fra­ternal entre povos e na­ções. In­sere-se dentro dessa pro­gra­mação de ordem su­pe­rior a pró­pria re­en­car­nação do mentor es­pi­ri­tual de Chico Xa­vier, o es­pí­rito Em­ma­nuel, que, de fato, veio a re­nascer, se­gundo Chico in­formou a va­ri­ados amigos mais pró­ximos, exa­ta­mente no ano 2000. Cer­ta­mente, Em­ma­nuel, re­en­car­nado aqui no co­ração do Brasil, ha­verá de de­sem­pe­nhar sig­ni­fi­ca­tivo papel na evo­lução es­pi­ri­tual de nosso orbe.
Todos os de­mais es­pí­ritos, re­cal­ci­trantes no mal, se­riam então, a partir de 2000, en­ca­mi­nhados for­ço­sa­mente à re­en­car­nação em mundos mais atra­sados, de ex­pi­a­ções e de provas as­pér­rimas, ou mesmo em mundos pri­mi­tivos, vi­ven­ci­ando ainda o es­tágio do homem das ca­vernas, para po­derem purgar os seus des­mandos e a sua in­sub­missão aos de­síg­nios su­pe­ri­ores. Chico Xa­vier tinha co­nhe­ci­mento desses mundos para onde os es­pí­ritos re­ni­tentes es­ta­riam sendo de­gre­dados. Se­gundo ele, o maior desses pla­netas se cha­maria Kírom ou Quírom.
FE – Pra­ti­ca­mente só nos restam oito anos pela frente. Em­ma­nuel fala na en­tre­vista da dé­cada de 1950, já pu­bli­cada nestas pá­ginas, que é ur­gente a trans­for­mação moral da hu­ma­ni­dade. Qual deve ser a nossa con­duta frente a re­ve­la­ções tão as­sus­ta­doras e ao con­selho do mentor?
Ge­ral­dinho – Então, ca­rís­sima Mar­lene, a úl­tima hora está de fato aí de­mons­trada. Basta termos “olhos de ver e ou­vidos de ouvir”, se­gundo a as­ser­tiva de Jesus. É a nossa úl­tima chance, é a úl­tima hora… Não há mais tempo para o ma­te­ri­a­lismo. Não há mais tempo para ilu­sões ou en­ganos ime­di­a­tistas. Ou se­gui­remos com a Luz que efe­ti­va­mente bus­carmos, ou nos afun­da­remos nas som­bras de nossa pró­pria ig­no­rância. Que será de nós? A res­posta está em nosso livre-ar­bí­trio, in­di­vi­dual e co­le­tivo. É a nossa es­colha de hoje que vai gerar o nosso des­tino. Po­de­remos optar pelo me­lhor ca­minho, o da fra­ter­ni­dade, da sa­be­doria e do amor, e a re­ge­ne­ração che­gará para nós de forma bri­lhante a partir de 2019; ou po­de­remos sim­ples­mente es­co­lher o ca­minho do so­fri­mento e da dor e, neste caso in­feliz, te­remos um longo pe­ríodo de re­cons­trução que po­derá durar mais de mil anos, se­gundo Chico Xa­vier. En­tre­tanto, se­jamos oti­mistas. Lem­bremo-nos que deste pe­ríodo de 50 anos já se pas­saram 42 anos em que as na­ções mais de­sen­vol­vidas e res­pon­sá­veis do pla­neta con­se­guiram se su­portar umas às ou­tras sem se lan­çarem a uma guerra de ex­ter­mínio nu­clear. Essa era a pré-con­dição im­posta por Jesus. Até aqui se­guimos bem, em­bora entre trancos e bar­rancos. Faltam-nos hoje apenas o per­curso da úl­tima milha, os úl­timos oito anos deste pe­ríodo de ex­ceção e mi­se­ri­córdia do Al­tís­simo. Oxalá pros­si­gamos na me­lhor com­pa­nhia!
Como po­de­remos fa­cil­mente con­cluir, tudo de­pen­derá, em úl­tima aná­lise, de nossas pró­prias es­co­lhas, en­quanto en­ti­dades in­di­vi­duais ou co­le­tivas, para nosso pro­gresso e as­censão es­pi­ri­tual. É o “A cada um será dado se­gundo as suas pró­prias obras!” que o Cristo nos en­sinou.
Não es­tamos en­tre­gues à fa­ta­li­dade nem pre­de­ter­mi­nados ao so­fri­mento. Es­tamos di­ante de uma en­cru­zi­lhada do des­tino co­le­tivo que nos une à nossa casa pla­ne­tária, aqui na Terra. Temos di­ante de nós dois ca­mi­nhos a se­guir. O ca­minho do amor e da sa­be­doria nos le­vará a mais rá­pida as­censão es­pi­ri­tual co­le­tiva. O ca­minho do ódio e da ig­no­rância acar­retar-nos-á mais amplo dis­pêndio de sé­culos na re­cons­trução ma­te­rial e es­pi­ri­tual de nossas co­le­ti­vi­dades. Tudo virá de acordo com nossas es­co­lhas de agora, in­di­vi­duais e co­le­tivas. Oremos muito para que os Ben­fei­tores da Vida Maior con­ti­nuem a nos ajudar e in­cen­tivar a se­guir pelo Ca­minho da Ver­dade e da Vida. O pró­prio es­pí­rito Em­ma­nuel, através de Chico Xa­vier, res­pon­dendo a uma en­tre­vista já pu­bli­cada em livro nos diz que as pro­fe­cias são re­ve­ladas aos ho­mens para não serem cum­pridas. São na re­a­li­dade um grande aviso es­pi­ri­tual para que nos me­lho­remos e afas­temos de nós a hi­pó­tese do pior ca­minho.
(Fim da en­tre­vista)
Pre­vi­sões já con­cre­ti­zadas
Al­gumas das pre­vi­sões de Chico Xa­vier já se con­cre­ti­zaram. De­pois de 1969, o Brasil co­meçou um grande surto de­sen­vol­vi­men­tista, vindo de­pois a de­mo­cra­tizar-se sem traumas san­grentos, fa­zendo a tran­sição de forma pa­cí­fica e or­de­nada. A Eu­ropa, antes di­vi­dida em na­ções an­tagô­nicas, passou a con­si­derar a pos­si­bi­li­dade de uma união mais ampla, aca­bando por con­so­lidar a efe­tiva exis­tência da União Eu­ro­peia como um mer­cado comum econô­mica e po­li­ti­ca­mente fa­lando, che­gando, in­clu­sive, a lançar uma moeda única, em subs­ti­tuição às an­tigas, que é o Euro de hoje. De­pois de 1969, a Guerra Fria ar­re­feceu-se; caiu a cor­tina de ferro da Eu­ropa Ori­ental; der­rubou-se o Muro de Berlim; ruiu a an­tiga URSS como re­sul­tado da Pe­res­troika para o sur­gi­mento de uma nova Rússia mais livre, jun­ta­mente a ou­tras novas na­ções as­so­ci­adas. O grande surto de­sen­vol­vi­men­tista da China e dos países cha­mados ti­gres asiá­ticos cer­ta­mente vem co­la­bo­rando para a união e maior in­te­ração entre povos dis­tantes.
O Brasil abriu-se também para o mundo, es­ta­bi­lizou sua eco­nomia, lançou uma moeda forte, o Real, cresceu eco­no­mi­ca­mente e des­co­briu vastas re­servas pe­tro­lí­feras, tor­nando-se uma nação mais im­por­tante no ce­nário in­ter­na­ci­onal, as­su­mindo novas res­pon­sa­bi­li­dades no pro­gresso das na­ções. Hoje o mundo está muito mais cons­ci­ente das res­pon­sa­bi­li­dades am­bi­en­tais, e grandes mo­vi­mentos glo­bais nesse sen­tido já sur­giram como o Pro­to­colo de Kyoto. As ci­ên­cias avançam a passos largos, e os ci­en­tistas de­co­di­fi­caram o DNA hu­mano com ine­gá­veis be­ne­fí­cios para o com­bate às do­enças do corpo fí­sico. As te­le­co­mu­ni­ca­ções es­trei­taram os laços entre os seres e as na­ções, com a te­le­fonia ce­lular ao al­cance de toda a gente e a in­ternet de banda larga ace­le­rando o acesso ao co­nhe­ci­mento geral e à li­ber­dade de pen­sa­mento. Grandes mo­vi­mentos co­le­tivos hoje forçam go­ver­nantes ti­râ­nicos a ceder es­paço às novas de­mo­cra­cias. Tudo isso fora pre­visto por Chico Xa­vier, em me­ados da dé­cada de 80, muito antes de efe­ti­va­mente vir a acon­tecer.
“Tudo se en­caixa como sendo parte de um re­trato mais amplo do tra­balho dos ben­fei­tores es­pi­ri­tuais da Vida Maior em favor da paz e da con­córdia, do de­sen­vol­vi­mento e da cul­tura em es­cala global. Os emis­sá­rios do Cristo estão agindo em nosso favor e, por isso mesmo, não po­demos perder a fé na con­ti­nui­dade desse au­xílio”, afirma Lemos Neto. “Isso tudo sem men­ci­o­narmos os grandes avisos que a pró­pria Terra está nos dando. O aque­ci­mento global é um fato. O Jornal Na­ci­onal no­ti­ciou há poucos meses que a ca­lota polar do Norte es­tará to­tal­mente de­ge­lada em me­ados de 2012, se­gundo con­clu­sões de re­no­mados ci­en­tistas. De­pois do ano 2000 al­gumas na­ções têm so­frido tsu­namis e ter­re­motos cada vez mais as­sus­ta­dores, di­zi­mando de­zenas de mi­lhares de ví­timas. A média global an­te­rior para ter­re­motos acima de 9.0 pontos na es­cala de Ri­chter era de um por dé­cada, e nos úl­timos dez anos nós já ti­vemos cinco tre­mores acima dessa mag­ni­tude, sendo dois no es­paço de um ano, o do Chile e o do Japão, mais re­cen­te­mente. Os avisos aí estão: o homem ter­restre pre­cisa mudar in­te­ri­or­mente, e um grande apelo à sua es­pi­ri­tu­a­li­zação ouve-se por toda parte. Con­ti­nu­emos a con­fiar em Deus e em Jesus, Nosso Se­nhor, que não nos de­sam­pa­rará!”, fi­na­liza.

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